29/12/2015

Minha história como Mãe

A história de hoje é da mamãe Grazi que dividiu com a gente as dificuldades com a amamentação e nos mostrou a importância de tentar superar.

"Me chamo Grazi Hoff, de 28 anos, e tenho uma linda menina de 2,5 meses que se chama Nayah. Foram 3 anos tentando engravidar, enfim, fui abençoada! 

Quando minha bebê nasceu, foi o momento mais incrível do mundo, a melhor sensação que senti, claro, depois da descoberta da gravidez, esse sem dúvida foi o melhor momento! 

No primeiro mês passei por muitas adaptações com ela, pois inexperiente, precisava de ajuda pra tudo (claro que a gente se vira, mas no fundo também sabe que precisa de ajuda). 

A primeira semana foi aquela dificuldade de pegar o peito, pois com mamilos invertidos tive que ter muita paciência para minha bebê pegar. Mas tive!  Além do que levou 3 dias pra descer meu leite por causa da cesárea. Então, depois de muito tentar fazê-la pegar ao natural (e sem sucesso) optei por comprar aqueles bicos de silicone pra ver se ela pegava.. Deu certo!! Graças a Deus! 


Foram algumas semanas nessa função, pois ela só pegava com esse bico de silicone e eu não queria me tornar dependente dele. Mas pelo menos ela mamava no peito, e eu não queria perder esse momento por nada. Meus bicos doiam, encheram de feridas e sangrava, mas eu dava! 

Alguns dias antes de minha bebê completar seu primeiro mês, observei um caroço do tamanho de uma ervilha, mas que crescia rápido. Até achei que fosse leite empedrado, pois tinha muito leite, mas não dei muita importância. Fui no banheiro e massageava em baixo do chuveiro pra ver se desmanchava, nada! Só aumentava. 
Três dias depois me obrigaram a ir ao médico, pois comecei a sentir dor (sabe como é, mulher aguenta até onde não aguenta mais). Consultei com uma Dra. e ela me receitou um antibiótico para tratamento, pois o que eu tinha era mastite. Sim! Não era leite empedrado como eu imaginava.

Comecei o tratamento e quatro dias depois tive consulta com o pediatra da minha filha, era a revisão de 30 dias dela. Mostrei o peito ao pediatra e ele disse que seria bom eu voltar daqui dois dias para ele avaliar a situação, pois ainda não tinha terminado o tratamento que era de 8 dias. 

Voltei dentro dos dois dias e ele viu que só piorava, meu caroço de ervilha tinha se transformado em um morango grande. Então ele trocou meu antibiótico e me deu mais um remédio para complementar. Comecei o tratamento no mesmo dia. No outro dia, meu peito parecia querer abrir, rasgar. Me apavorei, doía muito! 
Fui ao médico pois minha bebê não pegava mais esse peito e já queria largar o outro.. NÃO! De jeito nenhum.. não queria deixar de amamentar. Então falei pro médico que só sairia dali quando eles resolvessem aquilo. 

O medico disse que não tinha o que fazer, mas que de mastite tinha virado abscesso e deveria esperar o resultado dos antibióticos. Mas insisti que fizessem alguma coisa, pois não queria deixar de amamentar. O médico me falou que naquele momento isso não era o importante e sim minha saúde. Eu super sensível que sou, abri o berro e falei que pra mim aquilo era o mais importante. Fiquei sem chão! 

Mas então, as enfermeiras esvaziaram meu peito (que estava enorme) na mão.. que dor! 
Horas depois entrei para o bloco cirúrgico para fazer a drenagem, uma noite longe do meu bebê, era só o que eu pensava. Não estava nem ai para a cicatriz que eu iria ganhar, queria mais era me livrar da dor e voltar a amamentar. 

No outro dia, fui pra casa (sem dor) e continuei amamentando no outro peito (detalhe: sem o bico de silicone), mas passei a complementar pois não seria o suficiente só um. O outro ficou dias com o dreno e não pude amamentar nele até cicatrizar. Sem contar que meus pontos abriram.

Hoje ela está com 2, 5 meses e ainda mamando no outro peito. Amamento por carinho, pois não sustenta. Mas é a melhor coisa do mundo ver aquele rostinho lindo mamando! 

Sofri demais com aquele peito que não tive mais coragem de tentar amamentar nele de novo, não fiz esforço e secou, infelizmente. 
Isso tudo meninas, por falta de informação, pois quando a gente dá a luz, acha que não precisa de ninguém, acha que sabe tudo, é não é bem assim! 
Eu dava mama errado, não sabia que deveria esvaziar um peito e depois dar o outro.. eu dividia os minutos, 20 em cada peito. Foi aí que errei..

Então minha dica é a seguinte:
Escutem os mais experientes, eles sabem mais que nós, por mais chato que seja, escute! 
E não se importem em estética do tipo cicatrizes, estrias.. essas são as marcas da maternidade! Rezem para que seus lindos bebês fiquem sempre bem. Eu sempre rezei pra que todas as dores da minha filha dessem em mim.. e deu! 
Ela nunca teve cólicas ou qualquer dorzinha.. sorte? Talvez! Mas rezei sim.

Aprendi muito com tudo isso, da pior forma, mas quando vejo aquele rostinho lindo, tudo se apaga!"

Grazi é mãe de primeira viagem da Nayah.

*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Amamentação" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: http://bit.ly/2gbmuNY

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